Era uma festa especial, todos estavam querendo se divertir. Na verdade, quase todo o divertimento era baseado nas máscaras. E eu estava lá. Primeiramente, eu estava realmente focada no que fazer, mas com o tempo passei a reparar, como todo mundo, as máscaras alheias. Tinham algumas não muito bonitas, outras maravilhosas, outras mais ou menos. Porém depois disso, começei a ficar preocupada, e a minha máscara como estaria? Ela estava bonita? As cores eram as tendencias? Elas chamavam a atenção, ou apenas eram comuns? E os adereços dela, eram percebidos?
E olhando ao redor, vi que quase todas as pessoas também estavam preocupadas com sua imagem, e sua aparência. Sabia eu que terminada a festa, tudo aquilo de nada valeria, a não ser o rosto do ser que era só figurante na festa. Depois daquilo o glamour acabaria e eu poderia ver o que estava atrás de tudo, e poderia ser vista. Mas agora que estava tão encantada com toda aquela maravilha, e tudo aquilo já havia seduzido completamente meus pensamentos pouco me importava o depois, queria aparecer agora.
E mesmo durante a festa me sentindo um lixo, afinal, que pensamentos eram aqueles? Eu não conseguia desgrudar os olhos disto, e me sentia sugada, absorvida por essa festa.
Ai veio a resposta clara como o reflexo no espelho: "Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus"Rm 12.2
E apartir disto decidi arrancar aquela que me prendia, a máscara, e sai, tendo a certeza de que aquilo não fazia mais sentido para mim.
Afinal uma máscara é só uma máscara.